domingo, 24 de abril de 2011

Chegando em casa

     Infelizmente, o trauma causado pela nossa experiência vivida no pais vizinho nos deixou bastante desapontados e tristes. Nada justo para constar como desfecho para um passeio tão enriquecedor. Após pernoitar em Guaira, o Rodrigo ficou no Paraná, foi para casa de parentes numa cidade próxima. A pressa de chegar em casa fez com que o Julio e o Salsicha se mandassem direto para Santo André como quem continua  em fuga apressada do seu algoz. Eu preferi manter a calma e voltar devagar, refletindo e ponderando sobre os acontecimentos, buscando um lado positivo em tudo aquilo. O ânimo para parar e continuar a tirar fotos já não era tão intenso embora o o caminho fosse lindo também no Brasil. Cheguei em casa no dia 22 às 15:00h a tempo de participar do final do almoço da sexta-feira santa com a minha família.

     E para terminar as postagens e encerrar o passeio, estampo abaixo uma das fotos mais lindas e a que melhor retrata a beleza e desolação do Atacama, o maravilhoso e o inóspito na mais perfeita harmonia.


OBRIGADO A TODOS QUE NOS ACOMPANHARAM EM MAIS ESTA AVENTURA!

Entrando no Paraguay

     Como previsto, no dia 20 após pernoitar na cidade de San Martin, partimos para Clorinda onde trocamos o óleo das motos e fomos para a aduana. Lá fizemos a saída da Argentina e respectiva entrada no Paraguay. O lugar, logo de cara não inspirou confiança, não pela aparência ( para quem conhece lembra a rua 25 de março em São Paulo ) mas pela maneira que as pessoas nos olhavam e nos abordavam. Na maioria eram cambistas portando uma bolsa contendo todas as moedas da região inclusive dólar americano. Se podia trocar pesos argentinos por chilenos, dólar por real, real por guaranies, e vice-versa. Enfim era o paraíso do câmbio monetário.








     Enfim, descobrimos um local de troca oficial e para lá fomos. Após nos reunirmos partimos para dentro do tal país. Aí começou o nosso calvário, todo tempo ganho com o desvio de rota de Foz do Iguaçú para Guaira através do Paraguay foi perdido. Logo depois de atravessarmos a fronteira, no primeiro posto policial da rodovia fomos abordados por policiais. Nos pediram documentos das motos, licença de motorista, seguro carta verde, identidade, passaporte, e por fim retiveram nossos documentos por não portamos um comprovante de vacinação, se não me engano, contra a febre amarela ou algo assim. Bem, nunca saberíamos. A polícia federal daquele país não nos disse nada ao registrarmos nossa entrada portanto seguimos tranquilos. Por fim, não tínhamos o tal comprovante  e fomos obrigados a pagar uma "multa", ou seja, uma colaboração para os nossos "amigos". Fomos roubados, coagidos a dar dinheiro e isso se repetiu nos 3 postos subsequentes. Nos paravam por sermos turistas brasileiros, era esse o atrativo e queriam dinheiro a todo custo. Não entendo, o turismo pode ser uma boa fonte de divisas para um país e eles agindo dessa forma acabam espantando essa fonte de renda. O pressão e o desconforto emocional a que fomos submetidos nos desequilibrou o suficiente para que nos demais fôssemos liberados sem cobranças e a nossa única e esperada reação foi sair de lá o quanto antes. Sem fotos e sem condições de admirar a natureza tão rica daquele país que tão mau nos recebeu. O único pensamento era o de nunca mais voltar lá.

     Paraguay: o país que não gosta de turistas e onde a própria polícia os rouba.Simplesmente absurdo !
Até agora estamos inconformados. Chegamos ao Brasil tarde da noite pois não pretendíamos nem em sonho pernoitar naquela terra sem lei e sem respeito ao turista. Chegamos a Guaira no Paraná e sequer pudemos dar saída do Paraguay e entrada no Brasil pois a aduana já estava fechada por causa do feriado da semana santa. Vamos ter que resolver isso de outra maneira, em outro local.

     Mas a lição e a mensagem que se tira disso tudo só pode ser a seguinte: NÃO VÁ AO PARAGUAY, VOCÊ VAI SER ROUBADO PELA PRÓPRIA POLÍCIA! Aquele país não gosta de turistas, principalmente brasileiros. Abaixo, as fotos de dois integrantes da "gangue" que nos atacou logo no primeiro posto depois da aduana paraguaia, pouco antes da conversão à direita que nos levaria à Assunción:



sábado, 23 de abril de 2011

Retornando ao Brasil

     Infelizmente, nos dias 19 e 20 ficamos sem acesso WiFi nos hotéis impossibilitando postagens. Mas nem por isso vocês que nos acompanharam até agora ficarão sem o final da história. No dia 19 pegamos um pouco de mau tempo na Argentina o que nos atrasou um pouco mas não nos fez desistir de regressarmos pelo Paraguay. Pernoitamos por lá de onde terminaríamos a nossa travessia da Argentina na cidade de Clorinda, na divisa, onde trocaremos o óleo das motos e partiremos para a aduana. A moto de Rodrigo, sendo a única com tração por corrente sempre precisa de lubrificação e ajustes, e assim se fez.

Algumas fotos de onde pernoitamos:











 
     Sendo sempre bem tratados e bem recebidos gostamos muito do interior desse país que possui suas cidades na maioria sem calçamento nas ruas. Rústicas mas com pessoas muito simpáticas e curiosas pois por onde passávamos éramos atração.